quarta-feira, 15 de junho de 2011

Cervejas Premium devem representar 10% do Consumo Total em 2013



   Com expansão em ritmo acelerado nos últimos anos, o segmento premium elevou a participação no consumo total de cervejas de 2% para 5% nos últimos 10 anos, de acordo com dados do setor, e se tornou a menina dos olhos das cervejarias. O espaço para crescimento ainda é alto, na comparação com mercados desenvolvidos, onde o consumo atinge de 15% a 20%.

   Para o professor Roberto Nascimento, do núcleo de estudos do varejo da ESPM, o aumento do consumo reflete não somente os efeitos econômicos, mas também uma nova postura. “A mudança de hábito do consumidor brasileiro fez com que este segmento crescesse. O consumidor está mais consciente e inteligente”, afirma. Em sua avaliação, o segmento deve chegar a 8% do consumo total de cervejas no final de 2012 e atingir 10% no término de 2013.

   A análise de Nascimento parte de um cenário de crescimento anual de 40% do segmento premium contra 11% do mercado de cervejas tradicionais no intervalo de cinco anos. O badalado segmento, que apresenta em seu portfólio cervejas nacionais, como Bohemia, Eisenbahn e Original, e internacionais, como Heineken e Stella Artois, vai ganhar reforço no segundo semestre: a Proibida, da Companhia Brasileira de Bebidas Premium (CBBP), e a norte-americana Budweiser, pela Ambev.
A Proibida preparou o terreno para a sua chegada ao mercado com uma arrojada estratégia de marketing, ao colocar em cena duas “tchecas”, personagens com os nomes de Dominika e Michaela, para divulgarem, implicitamente, a nova cerveja via blog “we luv Brazil”.

   Com o sucesso, as personagens acabaram participando de um reality show no “Pânico na TV”, da RedeTV!, tudo isso sem conhecimento do público e em um programa patrocinado por uma outra marca de cerveja, a Skol. A Proibida entrará no mercado em julho, no Nordeste, e no início de agosto, no Sudeste. O objetivo é estar em todas as regiões em breve.

   De acordo com João Noronha, a Proibida será um mix entre o segmento premium e o mainstream, com uma pilsen próxima dos pares mais tradicionais produzidos na República Tcheca. “Não vamos ficar restritos a esse mercado. Queremos fazer algo inédito, com preços mais acessíveis e um público mais amplo”, diz..

   A comunicação da cerveja receberá também um tratamento bem diferente do que se vê no mercado premium. “É um desafio. Teremos que dosar a qualidade intrínseca do produto, com identificação com a juventude. Queremos fazer apologia à liberdade”, afirma.

   Já a Ambev, líder do segmento no Brasil, lançará a Budweiser como estratégia de ampliar o seu portfólio e fortalecer o posicionamento global da marca, de acordo com Stella Brant, gerente de marketing premium.

  “Estamos trabalhando bastante no planejamento para que ela realmente chegue ao mercado cumprindo a expectativa e o potencial que ela tem. Vai chegar de uma forma especial”, garante.

Marketing premium

  Diferentemente das linhas de bebidas convencionais, as estratégias de marketing da categoria premium trafegam por outros caminhos, com ações pontuais e direcionadas aos públicos de interesse das bebidas. A Ambev desenvolve ações diversas com suas marcas. No caso da Original, por exemplo, a comunicação é centrada em apenas uma plataforma. “A gente trabalha principalmente com PDV mostrando que ali é especial porque tem Original. A raridade é uma característica que a gente trabalha com a Original”, explica Brant.
   Enquanto para Bohemia, líder do mercado, a comunicação é mais ampla, envolvendo várias mídias e ferramentas de ativação, e um conceito de tradição, além de prover experimentações com os diferentes membros que compõem a família da marca.
  Como exemplo, a antiga Cervejaria Bohemia, em Petrópolis (RJ), voltará a produzir e abrigará um centro cervejeiro contando a história da cerveja no mundo e no País, e oferecendo entretenimento e lazer, de acordo com a gerente.
   A cervejaria Schincariol, com um portfólio que engloba Devassa, Baden Baden e Eisenbahn, mantém um postura similar. “O pensamento é muito mais one to one. Então, você fala com o consumidor certo, na hora certa. Você tem uma troca com ele em que tem que aproveitar muito esse input com ele”, afirma Guilherme Moraes, diretor de cervejas da Schincariol. Como exemplo, cita uma campanha a ser divulgada para Baden Baden, em Campos do Jordão, com a ideia de prover experimentação de novos tipos de pratos com diferentes bebidas.
   De acordo com Nascimento, da ESPM, o sucesso no segmento premium passa por três pontos: inovação periódica, qualidade diária e originalidade com ousadia light. E acrescenta: “há espaço para cervejarias pequenas desde que façam o trabalho de formiguinha, construindo a fidelização do consumidor, sem pressa. Foi assim que as marcas pequenas cresceram na Europa”, conclui.

Fonte: Exame.com

quinta-feira, 9 de junho de 2011

A cervejaria mexicana Modelo da marca Corona e a Molson Coors estudam possível oferta conjunta pela australiana Fosters





As cervejarias trabalham com bancos com o Bank of America e o Deutsche Bank para obter o financiamento para a possível aquisição, de acordo com as fontes, que não quiseram ser identificadas. As ações da Fosters, cuja sede fica em Melbourne, fecharam em alta de 3,5% na sexta-feira, o que lhe confere valor de mercado de 8,6 bilhões de dólares australianos (US$ 9,2 bilhões).
A negociação da Fosters pode enfrentar obstáculos, se a Anheuser-Busch InBev, dona de 50% da Modelo, tentar proibir a transação, segundo as fontes. Uma oferta agora parece menos provável do que há algumas semanas, porque há receios quanto à estrutura do acordo, disseram as fontes. As companhias também poderiam ir atrás da Fosters por conta própria ou com outros parceiros.
“Eles de fato precisam de um parceiro para financiar o acordo”, disse o analista Philip Gorham, da Morningstar, em Chicago, a respeito da Molson Coors. “A Austrália é um mercado desenvolvido que a Molson conhece.”
Combinar-se com a Fosters poderia ajudar a Modelo a continuar independente, após a cervejaria ter tentado sem sucesso negar à AB InBev assentos no conselho de administração. A AB InBev, maior cervejaria do mundo, ganhou participação não controladora na Modelo e 9 dos 19 assentos do conselho ao comprar a Anheuser-Busch em 2008. A Modelo tem valor de mercado em torno de 230 bilhões de pesos mexicanos (US$ 20 bilhões). Uma aquisição pela Modelo exigiria consenso dos seus acionistas, incluindo a AB InBev.
A Molson Coors estaria mais propensa a aliar-se com sua atual sócia nos Estados Unidos, a SABMiller, para apresentar oferta pela Fosters, do que com a concorrente AB InBev, disse Gorham. A Modelo usa a Molson Coors, de Denver, em vez da AB InBev, para distribuir suas marcas no Reino Unido.
A Fosters comunicou a notícia de uma “oferta potencial” em documento aos reguladores e destacou não ter conhecimento de nenhuma informação ainda não anunciada, após ser consultada pela Bolsa de Valores Australiana sobre a alta das ações.
Colin Wheeler, porta-voz da Molson Coors, e Jennifer Shelley, porta-voz da Modelo, não quiseram comentar assunto, assim como Andrew Butcher, porta-voz da Fosters, e Marianne Amssoms, da AB InBev.
Outras cervejarias também teriam interesse na Fosters, que tem participação de 50% no mercado australiano de cervejas. A SABMiller, segunda maior do mundo em vendas em volume, estava estudando uma oferta pelos ativos no setor de cerveja, segundo uma fonte afirmou em setembro. Um porta-voz da SABMiller não quis comentar o assunto.
A Asahi, do Japão, também poderia ter interesse na Fosters, segundo duas fontes próximas às empresas. Procurada, a cervejaria japonesa não se manifestou.
A Fosters distribui a marca Corona, da Modelo, na Austrália. Em maio, a cervejaria australiana desmembrou-se de sua unidade Treasury Wine, segunda maior produtora de vinhos do país, para concentrar-se na área de cerveja.

Fonte: Valor Econômico

Grupo Schincariol quer ampliar sua presença no mercado com franquias Ponto Devassa e Quiosque Nova Schin



A Sonar, responsável pelas franquias do Grupo Schincariol, quer expandir a presença da marca Devassa no mercado com um novo modelo de negócio, os quiosques Ponto Devassa.
Com um investimento bem menor que o necessário para abrir uma cervejaria Devassa – que ultrapassa R$ 1 milhão –, os quiosques ocupam uma área de apenas 9 m2 e são voltados a shopping centers.
 “Somente este ano serão abertos 54 novos shoppings no Brasil. Com o crescimento destes espaços e o aumento no poder de consumo da população, entendemos que há uma oportunidade para um novo formato de franquia”, justifica o diretor de franquias da Sonar, Francisco Duarte.
O investimento necessário para abrir um Ponto Devassa é de aproximadamente R$ 155 mil, sendo R$ 45 mil de taxa de franquia e R$ 110 mil para instalação do quiosque, porém a rede faz um aporte de R$ 50 mil para subsidiar a inauguração da unidade.
O faturamento mensal previsto por unidade é de R$ 80 mil e a margem de lucro é de, em média, 15% a 20%. O prazo de retorno é estimado em 24 meses. “O quiosque vai oferecer chope premium da marca Devassa e petiscos feitos na hora, além de sanduíches quentes”, detalha Duarte.
Embora não tenha estabelecido uma meta de pontos a serem inaugurados em 2011, a marca está disposta a investir R$ 600 mil neste ano para subsidiar a abertura de quiosques.

Inicialmente, a marca Ponto Devassa se concentrará apenas na região Sudeste – o foco para a expansão será principalmente São Paulo capital e interior e Rio de Janeiro –, mas o Grupo Schincariol também oferecerá o modelo de quiosque no Nordeste sob a bandeira Quiosque Nova Schin. As provisões de investimento e retorno são as mesmas do Ponto Devassa.
Com 45 unidades em operação, a rede de cervejarias Devassa deve encerrar este ano com faturamento de R$ 110 milhões, um crescimento de quase 60% sobre a receita de R$ 70 milhões alcançada em 2010.

Fonte: Exame.com

Ambev cria franquia: "Rede Nosso Bar"



De olho na expansão da classe C, a Ambev inaugura um novo modelo de franquia de bar, com investimento a partir de R$ 28 mil.
Batizada de Nosso Bar, a rede deve contar com cerca de 200 unidades abertas até o final do ano. A marca já possui 20 unidades funcionando sob a nova bandeira no estado de São Paulo.
“O consumidor da classe C está mais exigente. Queremos ajudar a profissionalizar os bares de bairro que atendem este público”, explica João Paulo Badaró, diretor de Novos Negócios da Ambev.  
As franquias da nova rede devem se concentrar principalmente em bairros periféricos de grandes cidades. “A maior concentração deve ser em São Paulo, mas temos estrutura para atender todo o país”, diz o executivo.
Além da taxa de franquia, que varia entre R$ 10 mil e R$ 15 mil, o franqueado deve fazer um investimento de cerca de R$ 15 mil a R$ 20 mil na reforma e adaptação do ponto comercial.
O faturamento previsto para uma unidade Nosso Bar é de 25 a 40 mil por mês, com margem de lucro média de 15%. A previsão de retorno é de 12 a 20 meses.
Segudo Badaró, para se candidatar a franqueado da marca, o empreendedor deve ter disposição para se envolver no dia a dia da operação e levar a profissionalização do negócio a sério.
Para formatar o novo modelo de franquia a rede se apoiou nos resultados obtidos com a franquia Chopp Brahma, que tem mais de 900 unidades em operação no país. Criada em 2004, a bandeira é voltada ao público classe AB e fatura cerca de R$ 300 milhões ao ano.

Fonte: Exame.com