terça-feira, 31 de maio de 2011

Heineken e a Diageo - união para combater a SABMiller

Caso todos os impasses envolvendo a venda da Schincariol se resolvam (dívidas, falta de informações, conflitos familiares) há duas empresas na dianteira da disputa pela cervejaria, conforme fontes ligadas às negociações: a holandesa Heineken e a britânica Diageo - em parceria.
A Heineken e a fabricante do uísque Johnnie Walker já têm uma joint venture semelhante na África do Sul e países vizinhos, em parceria com a Namibian Breweries, da Namíbia. A união das três empresas foi formada há sete anos e ganhou o nome de Brandhouse.

As companhias construíram há dois anos uma fábrica em Sedibeng, ao Sul de Joanesburgo, para fabricação de cervejas Heineken e da Senator Keg, a marca regional da Diageo. A principal marca da Diageo no segmento, a Guiness, também é feita lá.

O objetivo da união foi combater a SABMiller, cervejaria com maior presença na África. O modelo seria o mesmo a ser adotado no Brasil, para fazer frente à Ambev, líder do mercado com participação aproximada de 65%. No início do mês, a Heineken anunciou que conseguiu um crédito de ?2 bilhões para refinanciar dívidas e fomentar aquisições.

Dívidas e a falta de clareza financeira atrapalham possível venda da Schincariol


Nenhuma empresa até agora oficializou intenção de comprar a cervejaria Schincariol, colocada à venda por seus controladores há mais de três meses, segundo pessoas familiarizadas com o negócio. Essas fontes receberam da companhia entre o fim de janeiro e o início de fevereiro um "pacote de informações" com a oferta de venda. Há grupos interessados, mas as conversas esbarraram em um obstáculo: a falta de transparência da cervejaria sobre suas dívidas. Dentre os possíveis interessados - que agora pressionam a cervejaria para que as dívidas sejam melhores explicadas - estão a holandesa Heineken e a britânica Diageo que, segundo o Valor apurou, poderiam até se unir em uma joint venture para adquirir a companhia.

No balanço publicado em 31 de março, a Schincariol Participações e Representações (que engloba todas as empresas do grupo) relaciona dívidas financeiras que somam um montante líquido de R$ 828,5 milhões (empréstimos de curto e longo prazo, descontado o caixa da empresa). Além disso, em nota explicativa no mesmo balanço, a cervejaria e suas controladas revelam "perdas possíveis não provisionadas" que "têm ainda ações de natureza trabalhista, cível e tributária (...) nos montantes de R$ 127,3 milhões (trabalhista), R$ 185,9 milhões (cível) e R$ 1,790 bilhão (tributária)". Todas essas pendências somam R$ 2,932 bilhões.
Mas o problema não está só nessa quantia. Além dessas dívidas, a Schin teria ainda mais débitos não lançados em balanço, conforme analistas e fontes do mercado. As normas do Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon), dizem que as companhia têm obrigação de lançar no balanço somente as dívidas cujas chances de perdas são mais significativas. "Dívidas que a empresa - no caso a Schin - acredita poder rolar por muitos anos não precisam ser lançadas", explica um advogado especialista no assunto, que preferiu não se identificar.

É aí que mora a desconfiança dos possíveis compradores. "No pacote de informações mandado pela Schin, esse número não está claro. Por isso, o total da dívida pode ser muito maior. Um belo dia o governo pode bater à porta do comprador da Schin para cobrar uma impostos devidos", diz uma das pessoas que receberam o pacote de informações de venda. "É como se uma pessoa fosse vender um carro, mas não deixasse o interessado abrir o capô para ver o motor", compara um analista.
Os dados não teriam sido abertos mesmo depois de pedidos formais. Quando uma empresa se interessa por comprar a outra é comum, conforme explicam analistas, que a companhia a ser vendida passe todas as informações financeiras necessárias antes de iniciado um processo de "due diligence" (procedimento que mapeia a fundo ativos e passivos comerciais, legais, tributários e previdenciários de uma empresa). A "due dilligence", entretanto, só é feita depois de firmada uma carta formal de interesse de compra da companhia vendida. Dada a falta de informações prévias da Schin, nenhuma proposta foi oficializada até agora. A assessoria do negócio está sendo feita pelo BTG. Procurados, nem a Schincariol, nem o BTG se pronunciaram sobre o assunto. Heineken e Diageo também não quiseram comentar o possível interesse na compra.

Conforme fontes do mercado, o pacote de venda da Schin teria sido enviado também para as cervejarias SABMiller, Carlsberg, Ambev MillerCoors, Grupo Modelo, Assai e Kirin.

"Essa maneira de colocar uma empresa à venda é muito ruim, pois o preço cai muito", afirma um executivo que teve acesso ao pacote. O preço de venda da Schin seria de US$ 2 bilhões, conforme o jornal britânico "Sunday Times" informou em abril.

"O valor é uma pechincha, mesmo se somados os R$ 2,932 bilhões de dívidas declarados, considerando que a companhia, embora tenha uma marca fraca [Nova Schin], controla quase 10% do mercado brasileiro de cervejas, chegou a uma receita líquida de R$ 2,9 bilhões em 2010 e tem 13 fábricas pelo país", afirma uma analista. "O problema são os esqueletos no armário", diz, referindo-se possíveis a débitos não publicados.

Uma cervejaria em país emergente, com vendas de cerveja em ascensão como o Brasil, deveria custar pelo menos entre oito e dez vezes seu Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização), conforme calculam analistas do setor. O Ebitda da Schin, conforme seu balanço, foi de R$ 434 milhões em 2010. Ou seja, a relação preço e Ebitda estaria entre quatro e cinco vezes.

As dívidas e a falta de clareza financeira não são os únicos fatores que puxam para baixo o preço da cervejaria. "A Schincariol tem um custo operacional muito alto", diz um analista. A margem bruta de lucro da companhia, segundo o balanço, é de 37%. Descontadas despesas operacionais, administrativas e com vendas, o percentual cai para 4,4%. Só para comparar: na Ambev, a margem bruta em 2010 foi de 66,5%. Sem as despesas operacionais, ela fica em 39,7%.

Além disso, segundo fontes familiarizadas com as conversas, há um entrave de ordem familiar. A decisão de venda da empresa seria apenas de Adriano Schincariol, presidente e principal acionista, com 51% do capital. Gilberto Schincariol Júnior, vice-presidente da empresa e detentor de 49% das ações, não seria a favor da ideia e apenas aceitaria uma venda se pudesse permanecer na companhia, com um assento no conselho.

"Acredito que essa história ainda levará meses para se resolver", disse um executivo interessado na compra. Diante desse impasse, Adriano já estaria considerando deixar de vender a empresa e pensando melhor em uma abertura de capital - projeto que vinha sendo levantado inicialmente e para o qual o BTG foi contratado num primeiro momento. Apesar de ser a segunda maior cervejaria do Brasil e a 19ª do mundo pelo ranking mais recente do setor, é certo que a Schincariol não vive uma situação cômoda.

Fonte: Valor Online

A parceria da Heineken com a Champions League continuará gerando frutos



 A parceria da Heineken com a Champions League, principal torneio interclubes do mundo, promovido pela Uefa (União das Associações Europeias de Futebol), continuará gerando frutos para a empresa.

A cerveja renovou nesta semana seu patrocínio à competição por mais três anos, garantindo a exploração da marca até o fim da temporada de 2014/2015.

O acordo, válido para todos os mercados mundiais onde a empresa atua, dá direito à Heineken de explorar a identidade visual e o nome do torneio em qualquer plataforma publicitáira, além de marcar presença em todos os canais sociais da Champions League, como Facebook e YouTube.

Pelo contrato, o torneio não pode ser dissociado da Heineken, independentemente de apoios ou investimentos locais. No Brasil, por exemplo, a Rede Globo detém os direitos de transmissão do campeonato, compartilhados com a Band. Mesmo sem receber um centavo da cervejaria, ambas veiculam as vinhetas da competição com destaque para a marca da cerveja.
A estratégia da Heineken é diminuir o apoio a pequenos eventos para investir pesado nos principais acontecimentos esportivos do mundo, como nas Olimpíadas de Londres 2012, na Copa do Mundo de Rugby e na própria Champions League.

O patrocínio máster ao campeonato promovido pela Uefa acontece desde 2005. Os valores não foram divulgados

Fonte: Exame.com

quinta-feira, 26 de maio de 2011

PROIBIDA - CBBP


Depois de causar alvoroço no mercado ao infiltrar duas garotas tchecas no Pânico na TV! sem que a produção soubesse que se tratava de uma ação de marketing - e pior, voltada para promover uma marca concorrente da Skol, patrocinadora do programa -, a CBBP já tem engatilhada a segunda fase de sua campanha.
Segundo o diretor de marketing da Companhia Brasileira de Bebidas Premium, Lucas Afonso, passada a etapa de apresentação da cerveja, protagonizada pelas supostas tchecas Michaela e Dominika - Dominika, soube-se depois, é na verdade a atriz londrina Alicia Seffras -, a empresa incluirá na estratégia a veiculação de seu conteúdo em mídia televisiva, tanto em TV aberta quanto em canais fechados.
Além de desenvolver ações em múltiplas plataformas e gerar interação, o "step 2", como foi chamada essa segunda fase, cuidará de fortalecer os serviços de distribuição da cerveja pelo país, além da capacitação de uma equipe de gestão estratégica.
"O primeiro 'step' foi criar buzz e apresentar o DNA da marca, mostrando qual é a pegada da Proibida, com posicionamento premium, mas de forma divertida. Não queremos nos adaptar a modelos e criar campanhas tradicionais", disse Lucas Afonso, enfatizando que a ideia da cerveja é concentrar as atividades na criação de conexão emocional com a marca, usando compartilhamento, comunicação em tempo real e geração de conteúdo próprio.
"Queremos encantar nosso target, e as tchecas foram só um episódio da nossa história", declarou, explicando que todas as peças veiculadas na TV terão conceito crossmedia, chamando os espectadores para os canais online da cerveja: "A cerveja já está apresentada, agora queremos gerar mais conteúdo de marca".
Também faz parte do escopo de ações desenvolver uma plataforma de eventos próprios, além das tradicionais ações de patrocínio tão presentes no mercado cervejeiro. "Olharemos ainda para o futebol", diz Afonso, "mas o esporte inusitado é o que mais nos atrai. Não posso dar exemplos, porque temos projetos nessa área, mas queremos andar por caminhos que o mercado cervejeiro não anda", antecipa.
Com "inusitado", o diretor de marketing se referia ao "Ziskejte", esporte tcheco lançado no novo viral da cerveja.

Questionado sobre a "invasão" do programa Pânico na TV!, Afonso despistou: "Somos uma nova marca. Estamos entrando no mercado com olhos para nossos consumidores, e não para nossos concorrentes. Isso do Pânico foi uma brincadeira. Levamos muito na esportiva, sem o interesse de 'trollar'. Foi uma pegada boa pra todo mundo", diz.
Para o diretor-presidente da companhia, João Carlos Santos Noronha, o caso só permaneceu nas escuras porque o envolvido era o Pânico na TV!: "Se fosse outro programa, teríamos dado outra condução, mas sendo o 'Pânico', que já tinha essa coisa da pegadinha, acho que demos um desenvolvimento adequado. Não foi também uma intenção causar todo esse efeito colateral com a Skol", diz.
Com uma verba de apenas R$ 400 mil, o planejamento da ação envolveu aproximadamente 180 pessoas divididas entre São Paulo, Londres e República Tcheca. "Qualquer pessoa que fosse incluída no projeto deveria assinar antes um contrato de sigilo. Isso garantiu que tudo ficasse em segredo por tanto tempo", afirmou Lucas Afonso.
Um ponto curioso da campanha é que a agência que atende as demandas da CBBP, a We Comunicação, não participou do planejamento do projeto: "Ela pediu realmente para não participar. Não quis se envolver por achar a estratégia polêmica demais", esclareceu o diretor de marketing.

Fonte: Exame.com

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Carlsberg pretende dobrar lucros em todo o mundo

A cervejeira dinamarquesa Carlsberg Group, uma das maiores fabricantes mundiais decerveja premium, planeja dobrar seus lucros mundiais em 2015, em parte, com sua expansão nomercado chinês, os oficiais sênior da empresa disse.
A cervejaria registrou lucro de US $ 1 bilhão em 2010, e aumento de 49 por cento em termoshomólogos.
Para atender ao mercado cada vez mais em expansão chinesa, que recentemente introduziu amarca Carlsberg Light no mercado chinês, parte do seu plano de reposicionamento anunciado emabril.
"O lançamento da Carlsberg Light é uma parte importante da nossa nova estratégia de mercadoglobal, e anunciou a nossa expansão em alimentos da China e do mercado de bebidas", disseStephen Maher, diretor executivo da Carlsberg China.
m linha com sua estratégia de reposicionamento, acervejeira dinamarquesa vai lançar sua nova embalagem emmais de 140 mercados em todo o mundo.
Sua nova estratégia na China tem sido estimulado pelocrescimento constante da indústria da cerveja no país nosúltimos anos.
A produção chinesa de cerveja subiu 6,28 por cento ano-a-ano em 2010 para atingir 45 milhões graças quilolitros ao robusto crescimento econômico e dacrescente popularidade da cerveja no país mais populoso do mundo, de acordo com a ChinaAlcoholic Drinks Industry Association (Cadia).
No entanto, o consumo de cerveja é de apenas 33 litros por pessoa anualmente, longe dosEstados Unidos e na Europa, que aponta para o grande potencial do mercado já grande, disseramanalistas.
Cadia dados mostram que a indústria de cerveja da China registrou crescimento de lucro de até 494 por cento nos últimos cinco anos, eo crescente mercado está atraindo investimento de cervejaestrangeira.
arlsberg comprou uma participação de 12,25 por cento de ChongqingBrewery Co em novembro para 2,39 bilhões de yuans (369 milhõesdólares), tornando-o o principal accionista da marca nacional com 29,71partes por cento.
O mercado em expansão também tem beneficiado os jogadores nacionais.A taxa bruta de lucro de oito empresas listadas cerveja na China deve chegar a 40 por cento esteano, e as receitas de vendas para aumento de 30 por cento ano a ano, de acordo com um relatórioda indústria divulgado em março pelo AJ Securities Co Ltd.
A Shanghai-listados Tsingtao Brewery Co., uma das principais cervejarias da China, anunciou lucrode 1,52 bilhões de yuans em 2010, até 21,6 por cento em termos homólogos. Sua receita cresceu26,7 por cento ano a ano para 5,25 bilhões de yuans no primeiro trimestre deste ano.
As vendas de outra marca importante, Yanjing Beer Group Corp, atingiu 5,03 milhões quilolitros em2010, até 7,71 por cento em termos homólogos, e que espera um novo aumento de mais de 10 porcento este ano em termos de vendas.
Fonte: ChinaDaily

Compra da SABMiller pela Anheuser-Busch InBev ainda está por vir


O setor cervejeiro acumulou US$ 142 bilhões em fusões e aquisições nos últimos cinco anos, segundo a Bloomberg. Mas alguns analistas dizem que o grande negócio ainda está por vir. Esse grande evento seria a compra da SABMiller pela Anheuser-Busch InBev por cerca de US$ 70 bilhões antes de vendas de ativos, superando a aquisição da Anheuser-Busch pela InBev, por US$ 52 bilhões, que criou a maior cervejaria do mundo. Isso resultaria em uma empresa controladora de cerca de um terço do mercado mundial de cervejas, antes de vendas de ativos.
“A aquisição da SABMiller, combinando dois importantes atores no setor, que há muito tempo consideramos como um desfecho lógico para a ABI, agora parece viável”, escreve Eddy Hargreaves, da Collins Stewart, em relatório que analisa as chances desse negócio.
Para o Credit Suisse, uma “desalavancagem da AB InBev, uma presença cada vez mais menor da SABMiller e racionalidade empresarial nas duas companhias são fatores maduros para produzir mais consolidação na indústria cervejeira”.
Essa visão é reforçada por mudanças no topo da SABMiller, cujo diretor financeiro, Malcolm Wyman, deverá aposentar-se em julho e cujo executivo-chefe, Graham Mackay, deverá fazer o mesmo em um ano ou dois.
A empresa orgulhosamente independente, com suas raízes sul-africanas e ações negociadas no Reino Unido, tem cerca de 80% das vendas em mercados emergentes de rápido crescimento e predominância praticamente total em países, como a Colômbia.
Jonathan Fell, analista do Deutsche Bank, especula argumentos contra uma fusão. “Reunir duas empresas de coberturas geográficas bastante distintas não cria, necessariamente, muito valor”, argumenta Fell. Isso se deve ao fato de “marcas de cerveja serem ainda muito locais e por não ser possível despachar [o produto] para meio mundo de distância [tendo em vista os custos de transporte], exceto em casos peculiares a nichos”.
Com base nessa lógica, alguns analistas têm sondado a ideia de fusões mais inventivas, como a fusão da SABMiller com a Diageo, fabricante britânica de bebidas alcoólicas cujas marcas incluem a cerveja Guinness, ou com a fabricante de refrigerantes PepsiCo. Mas Trevor Stirling, analista da Bernstein, vê pouco proveito nessas fusões. As sinergias em distribuição se resumiriam a mercados emergentes em estágios muito incipientes.
As opções da SABMiller no mercado mundial de cervejas parecem limitadas. A companhia gostaria muito de comprar a Castel, cervejaria africana com a qual mantém uma participação cruzada, mas a família proprietária não manifestaram nenhum desejo de vender.
A australiana Fosters, na prática à venda após ter sido desmembrada das operações de vinho e cerveja, é um ativo caro em um mercado maduro e um possível alvo de aquisição em relação ao qual vários investidores na SABMiller manifestaram desinteresse.
Em contraste, a AB InBev tem menos obstáculos em uma possível iniciativa de compra da SABMiller, diz Hargreaves, “Creio que a AB InBev poderia fazê-lo, agora, pagando inteiramente em dinheiro. Realmente, acho que perfeitamente concebível que o farão dentro de um ano, com um desembolso líquido de US$ 63 bilhões”.
Segundo seus números, tal negócio elevaria a relação dívida líquida da AB InBev versus lucro antes de juros, impostos e depreciação das atuais 2,8 vezes para 4,3 vezes. Isso é inferior ao múltiplo 5,5, atingido após a aquisição da Anheuser-Busch. O cálculo pressupõe vendas de empresas que possam motivar preocupações antitruste. A AB InBev afirma-se capacitada a cortar custos e comandar uma operação mais enxuta.
Mas, até mesmo a AB InBev poderá achar a SABMiller um desafio difícil, disse Stirling. “A SABMiller está longe de ser tão ineficiente como era a Budweiser”, diz ele, ressaltando que a AB InBev foi capaz de ampliar as margens operacionais da Budweiser em 13 pontos percentuais. Em comparação, o máximo que ela poderia esperar eliminar dos custos da SABMiller seriam 5 pontos percentuais, calcula. Desalinhamento cambial e riscos associados à execução também tornam mais difícil forjar um acordo.
“Se a AB InBev comprasse por 28 libras por ação, os executivos receberiam 650 milhões de opções adquiridas. Se receberem tudo isso, certamente iriam para a praia, e não permaneceriam na companhia, o que abriria grandes buracos em sua administração”.
Quando seria o momento de uma decisão? “Acho que em poucos anos a AB InBev chegará a uma bifurcação em seu caminho”, diz Fell. “Ela poderá se tornar uma enorme máquina de fazer dinheiro e ficar remunerando seus investidores ou poderá partir para a compra de algo enorme, e a SABMiller seria um dos ativos que poderiam ser comprados”.

Fonte: Valoronline

Heineken estuda fazer uma oferta para a compra da Schincariol

A Heineken, terceira maior cervejaria do mundo em termos de volume, estuda fazer uma oferta para a compra da Schincariol, publicou a Bloomberg, citando duas pessoas próximas ao assunto.
A agência afirmou que a Heineken, cujas principais marcas são Heineken e Amstel, está analisando as informações contábeis da Schincariol, segunda maior cervejaria do Brasil, atrás da Anheuser-Busch InBev.
De acordo com o Sunday Times, a Schincariol está à venda por cerca de 2 bilhões de dólares, afirmou a Bloomberg.
Na quinta-feira, a Heineken afirmou ter obtido um novo empréstimo de 2 bilhões de euros que será usado para diversos fins, incluindo aquisições.
A Heineken atua no Brasil em parceira com a Kaiser. O país é o terceiro maior mercado mundial de cerveja em termos de volume, de acordo com a Mintel International.
A Schincariol não quis comentar a notícia da Bloomberg. A Heineken não estava imediatamente disponível para comentar.

Fonte: Reuters

Kaiser coloca no mercado latas temáticas com os escudos dos quatro principais clubes paulistas

Depois que a rival Brahma criou latas temáticas com estampas de times mineiroscariocas, a Kaiser agilizou-se para não ficar fora da jogada.
A cerveja colocou no mercado latas temáticas com os escudos dos quatro principais clubes paulistas - o chamado G4: São Paulo, Santos, Palmeiras e Corinthians.
A parceria entre a marca e o G4 vai até a Copa do Mundo de 2014, e garante à Kaiser a exclusividade de patrocínio do segmento de bebidas e permissão para usar escudos dos times e imagens de jogadores em grupo. Além disso, a marca estará disposta nas placas localizadas nos interiores dos estádios e também servirá como tema de ações de sampling em conjunto com cada torcida.
"Timing"
O lançamento acabou chegando tarde para os torcedores do São Paulo e do Palmeiras, que viram os times serem eliminados da disputa pelo Campeonato Paulista no fim de semana passado. Sorte para corintianos e santistas, que brigam pelo título nos dias 8 e 15 de maio.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Portugal ainda é a maior fonte de receitas da Unicer

Os portugueses estão a beber menos cerveja (em 2010 o consumo caiu três por cento, segundo a Associação Portuguesa dos Produtores de Cerveja), mas a Unicer responde às quebras com produtos mais caros e diferenciados.

A Super Bock Classic foi apresentada ontem em Lisboa como prova desta estratégia. O investimento de cinco milhões de euros será 90 por cento canalizado para a comunicação do produto, cuja fórmula foi desenvolvida ao longo do último um ano.

A Unicer espera vender quatro milhões de litros no primeiro ano de comercialização e atingir vendas de seis milhões de euros até ao final de 2011. A expectativa é conseguir uma quota de mercado de 2,3 por cento.

"Talvez se esperasse que optássemos por ter propostas ao consumidor indiferenciadas, onde o único critério de vender é o preço. Seguimos a estratégia inversa", disse António Pires de Lima, presidente da cervejeira.

Referindo-se à concorrência - disputa o mercado lado a lado com a Sociedade Central de Cervejas, dona da Sagres -, Pires de Lima disse não fazer "competição infantil para ver quem lançou mais inovação do mercado". "Só o tempo é o verdadeiro teste ácido da inovação", afirmou.

A nova cerveja destina-se a um con- sumidor frequente e apreciador, e só será vendida nos mercados estrangeiros em 2012. De acordo com Rui Freire, administrador executivo para a área do marketing, a Classic foi desenvolvida a pensar no consumidor português e "não é um produto médio", que potencialmente agrade a todos os mercados.

Portugal ainda é a maior fonte de receitas da cervejeira, mas o crescimento global do grupo tem sido conseguido através das exportações. Em 2010, as vendas líquidas chegaram aos 500 milhões de euros, mais três por cento do que no ano anterior. Angola representou 16,4 por cento do total das receitas do grupo, cerca de 82 milhões de euros, um valor 18 por cento superior ao de 2009. Contas feitas, fora de portas a Unicer vendeu 190 milhões de litros e exportou cerca de 40 por cento da cerveja que produziu. A intenção é duplicar a facturação para mil milhões de euros nesta década.

Questionado sobre a construção de uma unidade de produção em Angola, anunciada há vários anos, António Pires de Lima admitiu que tem pena do impasse a que o projecto chegou. Os sócios da fábrica (51 por cento angolanos) não chegaram a um consenso sobre o modelo de financiamento, que exige a injecção de capitais próprios. "Já deixei de apontar prazos."

Fonte: Público.pt

AmBev apresentou queda de vendas no Brasil e Canadá

A AmBev apresentou nesta quarta-feira lucro líquido de 2,089 bilhões de reais para o primeiro trimestre do ano, um crescimento de 26,6 por cento sobre o obtido um ano antes, apesar de uma queda de vendas no Brasil e Canadá.
O volume vendido no primeiro trimestre foi de 40,8 milhões de hectolitros, contra 40,9 milhões de hectolitros no mesmo período do ano passado. A ligeira queda de 0,3 por cento no volume vendido foi pressionada por recuo de 1,1 por cento no Brasil e de 7 por cento nas operações canadenses da empresa.
Segundo a AmBev, maior cervejaria do país, o desempenho no Brasil no primeiro trimestre teve impacto de volumes fracos de vendas devido às fortes chuvas de janeiro. Apesar disso, houve crescimento da receita por conta, principalmente, de aumentos de preços de 7 a 8 por cento anunciados no final de 2010.
No Canadá, a queda foi impulsionada por uma base de comparação forte diante da realização dos Jogos de Inverno de Vancouver em fevereiro de 2010 e por uma contínua lentidão da economia após a crise financeira internacional.
Para o segundo trimestre, a companhia trabalha com a chance de nova queda de volumes, depois que o setor foi impactado por aumento de carga tributária no Brasil. O governo aumentou em abril o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e o Pis/Cofins, num reajuste fiscal de 15 por cento.
O vice-presidente financeiro da AmBev, Nelson Jamel, afirmou em teleconferência com jornalistas que, após o aumento da carga tributária, a companhia reajustou seus preços entre 1,5 e 2,5 por cento. "É um valor suficiente para apenas repassar o impacto do aumento do imposto. Já está 100 por cento vigorando em maio", afirmou o executivo.
"A gente acredita que esse aumento pode gerar algum impacto no volume e vamos ter que ver como o mercado vai absorver. Ainda está cedo para avaliar isso", disse Jamel em referência ao plano da companhia de investir até 2,5 bilhões de reais no Brasil este ano. "Se a indústria reagir mal, a gente pode mudar nosso plano, talvez alongando alguns investimentos."
Às 15h53, as ações da AmBev exibiam alta de 0,12 por cento, enquanto o Ibovespa mostrava desvalorizavação de 0,16 por cento.
Jamel comentou que a companhia não pretende fazer novos reajustes até o final do ano, mas o cenário de contínua alta nos preços de commodities como açúcar, cevada e plástico pode fazer a empresa voltar a subir preços, com impacto em 2012.
A AmBev registrou Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) de 3,098 bilhões de reais de janeiro a março. Em igual intervalo de 2010, a geração de caixa operacional havia sido de 2,774 bilhões de reais. A margem passou de 45,3 para 47,2 por cento.
"No geral, ficamos satisfeitos com nosso desempenho consolidado no primeiro trimestre de 2011, em que registramos crescimento de dois dígitos no Ebitda e expansão na margem Ebitda em quase todas as nossas operações", afirmou no balanço o diretor geral da AmBev, João Castro Neves.
O volume de cerveja comercializado pelo grupo subiu 0,3 por cento, para 29,4 milhões de hectolitros, enquanto o de refrigerantes e bebidas não alcoólicas caiu 1,8 por cento, para 11,3 milhões de hectolitros.
Com isso, a empresa apurou receita líquida de 6,562 bilhões de reais entre janeiro e março, alta anual de 7,2 por cento impulsionada por aumentos de preços.
A AmBev manteve a estimativa de investir até 2,5 bilhões de reais no Brasil em 2011, "pois vemos oportunidades relevantes de crescimento na indústria de cerveja no futuro e planejamos investir adequadamente para aproveitá-las no médio e longo prazo".
O investimento, segundo a companhia informou no início do ano, será destinado à construção de novas fábricas e centros de distribuição, ampliação de unidades já existentes e melhorias operacionais.

Fonte: Reuters

AmBev Eleva Preços em Decorrência do Aumento de Impostos Federais

O plano de investimentos da AmBev para o Brasil em 2011 – que prevê o montante de 2,5 bilhões de reais - está mantido “por ora”, segundo Nelson Jamel, vice-presidente financeiro e de relações com investidores da AmBev. A execução vai depender do desempenho da indústria nos próximos meses, após o aumento de preços em decorrência do aumento de impostos federais.

O aumento do PIS/Cofins e do IPI resultou em uma elevação média de 15% para o setor de bebidas. No caso da AmBev, o aumento, aproximado, foi de 11% em cerveja e 17% em refrigerantes e não-alcoólicos e não-carbonatados. Por isso, a AmBev reajustou o preço de suas bebidas entre 1,5% e 2,5%, em abril.

“Em sequência ao aumento de impostos no Brasil, a empresa aumentou os preços em abril, o que pode pressionar o volume”, afirma um relatório do Itaú BBA. A empresa também acredita que esse repasse  pode diminuir os volumes de venda e, consequentemente, comprometer o plano de investimentos de 2,5 bilhões de reais em 2011, afirmou Jamel em teleconferência com jornalistas. “O capex pode ser revisto caso o volume não seja suficiente por conta da mudança na carga tributária”, afirmou o executivo

Por outro lado, a empresa acredita que o investimento de 2,5 bilhões de reais é necessário, tendo em vista as perspectivas para o mercado brasileiro em 2011. “Esse ano o salário mínimo não ajudou como no passado”, afirmou Jamel. Mas a AmBev acredita que, no próximo ano, o reajuste do salário mínimo deve ficar entre 13% e 14% e, consequentemente, haverá uma retomada no consumo. O investimento seria focado em construção de novas fábricas e centros de distribuição, ampliação de unidades já existentes e melhorias operacionais.

No primeiro trimestre desse ano a empresa investiu 573 milhões de reais – a maior parte disso no Brasil. “Nossa dúvida é começar coisas novas hoje para estarem prontas para o começo do ano que vem”, disse Jamel. Uma das possibilidade avaliadas é postergar o que seria feito para o próximo verão (2011/2012) para a temporada seguinte (2012/2013). “Esse monitoramento da indústria nos próximos dois meses será muito importante para nós”, disse o executivo.

Em 2009, o setor também foi impactado por um aumento de 15%, mas não repassou para os preços. Em 2010, após um acordo com o governo, não houve elevação desses impostos.

Reajuste de fim de ano


No final de 2010 a AmBev fez seu reajuste de preços anual, que ficou entre 7% e 8%. O preço foi ajustado para compensar parcialmente o repasse do aumento das commodities, segundo Jamel. Esse reajuste foi um dos fatores que elevou a receita líquida do primeiro trimestre - e que derrubou em um ponto percentual a participação de mercado da companhia no período.

No período, a Ambev perdeu um ponto percentual em sua participação de mercado, que fechou o trimestre em 68,3%. Pelas contas da empresa, a Schincariol também perdeu participação (cerca de 1,6 pontos percentuais), enquanto Petrópolis e Femsa/Heineken ganharam.

A receita líquida de cerveja por hectolitro no Brasil no trimestre aumentou 11,7%, em decorrência do aumento de preços e da distribuição direta. A receita aumentou, mas o custo aumentou mais, segundo Jamel, especialmente por conta do aumento das commodities (como açúcar, cevada e alumínio). O crescimento do custo por hectolitro de cerveja ficou em 12,4%.

O preço das commodities continua subindo. “Daqui a seis ou oito meses vamos reavaliar. Se as tendências de hoje se confirmarem, para recompor as margens, teremos que rever os preços”, disse Jamel.

O reajuste de preços também impactou o volume de bebidas vendido no primeiro trimestre de 2011. O volume de cerveja cresceu 0,2% no Brasil no primeiro trimestre devido à desaceleração no crescimento da indústria, às chuvas em janeiro e ao aumento de preços. A operação de refrigenanc (refrigerantes e bebidas não-alcoólicas e não-carbonatadas) registrou uma queda no volume de 5,0% no trimestre como resultado da contração da indústria e da participação de mercado estável.

“Desde os últimos meses do ano passado, registrávamos desaceleração nesse volume de vendas, já esperávamos para esse trimestre um ritmo de crescimento menor, que se confirmou, por causa do clima e da desaceleração da econômica como um todo”, disse Jamel.

O resultado da AmBev no trimestre veio em linha com o que era esperado pelos analistas do Itaú BBA  e da Fator Corretora. “O resultado está em linha com as expectativas quanto a crescimento de receitas e com o ganho em margens”, afirmaram Renato Prado e Ronaldo Kasinsky, da Fator Corretora, em relatório.

No lado positivo, preços, hedges favoráveis, custos mais baixos das commodities, menos latas importadas e redução de custos extras de logística podem permitir significativas economias e expansão da margem no próximo trimestre, segundo relatoria do Itaú BBA assinado pelos analistas Juliana Rozenbaum, Francine Martins e Enrico Grimaldi.

Fonte: EXAME.com

terça-feira, 3 de maio de 2011

Heineken mantém-se confiante na América Latina

A receita da cervejaria Heineken alcançou 3,59 bilhões de euros no primeiro trimestre de 2011, o que representa um avanço de 22% em relação aos três primeiros meses do ano passado. Segundo a empresa, o resultado já reflete a aquisição da divisão de cervejas da mexicana Femsa, no México e no Brasil, a partir de 1º de maio do ano passado. O lucro líquido da empresa somou 151 milhões de euros no primeiro trimestre. A companhia não apresentou uma base de comparação com os trimestres fiscais anteriores.

As vendas em volume do grupo avançaram 6,7%, em uma base orgânica, entre o primeiro trimestre de 2011 e igual período do ano passado. O resultado, de acordo com a companhia, foi motivado especialmente pelas regiões da África e Oriente Médio – avanço de 12% no período -, na Ásia-Pacífico (avanço de 11%) e nas Américas (alta de 8,3%)

“A Heineken mantém-se confiante na contínua evolução positiva de volumes na América Latina, África e Ásia”, disse a empresa em comunicado. “Enquanto testemunhamos uma melhoria gradual das condições econômicas em vários países da Europa e nos Estados Unidos, os consumidores permanecem cautelosos com o comportamento de consumo”, observa a companhia.

O volume de vendas da marca Heineken no segmento premium internacional cresceu 5,7% no primeiro trimestre, na comparação com igual período do ano passado, com destaque para os resultados na África (avanço de 15%) e Ásia (alta de 12%). Os países que mais contribuíram com o crescimento internacional foram Vietnã, Brasil, França, Rússia, África do Sul e Chile, que compensaram menores volumes de vendas da marca Heineken nos Estados Unidos e na Grécia, informou a empresa.

A companhia reafirmou sua expectativa de redução de custos de 150 milhões de euros com a aquisição da Femsa até o fim de 2013.

Fonte: Valor Online

Empreendedores lucram com cervejas especiais

Misturar negócios e prazer pode parecer uma fórmula arriscada, especialmente quando há muito álcool envolvido na equação. Mas este é o caminho que está conduzindo jovens empreendedores brasileiros ao lucro. São eles que, em parte, estão ajudando a impulsionar o avanço do mercado de cervejas especiais no Brasil. Estima-se que o segmento ainda represente uma modesta fatia de 5% do total das vendas de cerveja no Brasil – em algumas geografias do globo, ele chega a corresponder a mais de 15% das vendas. Mas este quadro começa a mudar com o surgimento de negócios voltados exclusivamente voltado a este filão. 

Por trás de muitos deles, há uma história comum: jovens apaixonados por cerveja que tinham dificuldade para encontrar novos rótulos e explorar novos sabores no mercado brasileiro e decidiram transformar o hobby em receita.

É o caso dos amigos cariocas Fabiano Guedes, 30 anos, e Igor Cunha, 26 anos. “Gostamos de provar cervejas diferentes e estávamos sempre atrás de novidades. Mas achávamos poucas opções disponíveis no mercado e, quando encontrávamos, não havia informações sobre o produto na loja”, destaca Guedes.

De cervejeiros amadores nas horas vagas, eles decidiram abandonar seus empregos para investir a sério no negócio. Com um capital inicial de R$ 9 mil, criaram o Puro Malte, especializado na venda de cervejas especiais pela internet. Com mais de 500 produtos no catálogo, o site vende cervejas brasileiras artesanais e cervejas premium importadas.

No ar desde o final do não passado, a loja virtual já fatura cerca de R$ 60 mil por mês. A meta é encerrar o ano com receita mensal de mais de R$ 250 mil. “Há um interesse crescente do público brasileiro por este tipo de produto. Diversos bares e restaurantes estão nos procurando para incluí-los no cardápio”, destaca o empreendedor.

O site recebe pedidos de todos o Brasil, o que demonstra que, mesmo com a barreira do frete, há uma reprimida demanda. “Recebemos um pedido de Manaus cujo frete saiu por R$ 70. É caro, mas como o produto não chega lá, o cliente está disposto a pagar”, justifica o Guedes.

A constatação é reforçada pelo caso de sucesso da rede Mr. Beer. A marca foi criada pelo empreendedor Rodolfo Alves, de 29 anos, em meados de 2009. O projeto nasceu como uma pequena  loja no Shopping Ibirapuera, mas logo se tornaria uma franquia com 19 unidades em operação e mais uma prestes a ser inaugurada.

“Outros shoppings manifestaram interesse em ter a loja e amigos e familiares queriam copiar o modelo. A operação é simples e tem um apelo muito grande”, resume Alves. O investimento para montar um quiosque com a marca é de R$ 110 mil. O faturamento estimado por unidade é de R$ 25 mil a R$ 30 mil por mês, com margem de lucro de 10%, em média.

Com a expansão via franquias, a rede já chegou a estados como Paraná, Distrito Federal e Rio de Janeiro. Outras 10 lojas devem ser inauguradas em diferentes localidades até o final do ano. “O Mr. Beer surgiu como um hobby, mas percebemos que não era só uma necessidade nossa”, conta Alves, que adquiriu o gosto pelas cervejas especiais durante o tempo em que viveu na Alemanha. A marca, que encerrou o último ano com faturamento de R$ 2 milhões, deve chegar a R$ 6 milhões de receita neste ano.

Para Alves, a tendência chegou para ficar. “Antigamente você falava de cerveja belga e ninguém conhecia, ninguém sabia que tinha no Brasil. Isso está mudando, as pessoas estão cada vez mais interessadas em conhecer e experimentar as cervejas premium”, conclui.

Fonte: Exame.com